Quem é lubaTv? Tonzão Tivi

Um jovem falante na frente de uma câmera não é exatamente uma novidade no mundo virtual. Há mais de dez anos existem vlogueiros, que criam seus vídeos especificamente para a internet e publicam o material com regularidade. O que mudou no último ano foi a fidelização do público. Formou-se uma base de fãs/seguidores fiéis. Com isso, veio uma explosão no número de youtubers brasileiros de sucesso.
— O raciocínio de seguir as pessoas no YouTube não era tão comum por aqui. No passado, eventualmente alguém produzia um vídeo e esse material alcançava um recorde de audiência, mas o cara não tinha consistência para fazer aquilo com frequência — explica Igor Puga, responsável pela área de interatividade da agência DM9DDB. — Houve uma sofisticação, hoje eles conseguem montar uma programação, como a televisão.
O catarinense Lucas Feuerschütte, o Luba, de 25 anos, é a personificação do que diz Puga. Dono dos canais LubaTV (mais de um milhão de inscritos) e LubaTV Games (cerca de 230 mil seguidores), ele agora publica vídeos todo santo dia nas duas páginas. Três vezes por semana no canal principal, e quatro no de jogos. Seu vídeo mais famoso se chama “Você é gay?”, feito em colaboração com outros dois youtubers de sucesso, entre eles Christian Figueiredo, do início desta reportagem. De novo, repete-se a mesma fórmula: os três, num apartamento comum, de frente para uma câmera num tripé, fazem uma brincadeira. Precisam responder a uma série de perguntas que podem determinar se são, ou não, homossexuais. Desta vez, no entanto, a comoção gerada pelo vídeo resultou numa situação inesperada: Luba, de fato, acabou se assumindo gay para os fãs.
— Recebemos manifestações preconceituosas. Gente que dizia nos comentários: “Nossa, vocês são gays, não quero mais seguir este canal.’’ Porque a gente fazia um monte de brincadeira no vídeo, sem nenhum preconceito. Eu fiquei nervoso com aquilo, todos achamos horrível, e resolvi que era hora de fazer um vídeo me assumindo de verdade. Foi a primeira vez que vi necessidade de fazer isso. E fiz — explica Luba, que agora recebe milhares de e-mails de adolescentes que não sabem como contar aos pais sobre sua opção sexual.
A proximidade com o público parece ser o grande trunfo.
— As marcas vêm percebendo que estamos muito perto da audiência. Um exemplo: eu estive, a convite da Pepsi, no Planeta Atlântida (festival de música) este ano. Quando cheguei lá, ninguém da organização sabia muito bem quem eu era. Até que um monte de adolescentes começou a pedir para tirar foto comigo. Rolou uma comoção. E olha que tinha o Fiuk do meu lado — ri Luba.
A fama desses youtubers vem sendo alcançada, dizem alguns, no vácuo deixado pela TV aberta.
— Os canais abertos praticamente acabaram com o conteúdo infantojuvenil. O jovem então vê no YouTube seu refúgio, e nós trabalhamos duro para cativar essas pessoas que moldarão o futuro do entretenimento — afirma Felipe Neto, um dos precursores dessa onda de ícones teen do mundo virtual brasileiro.
Quando Felipe fala “nós”, ele está se referindo à Paramaker, uma rede que representa mais de 5 mil canais do YouTube no Brasil e movimenta mais de 600 milhões de visualizações mensais, da qual ele é CEO. Entre os serviços que oferecem para os youtubers estão central de relacionamento, consultoria de conteúdo, biblioteca de músicas, divulgação e venda de publicidade. É a profissionalização máxima desse time.

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